terça-feira, dezembro 13, 2005

As Crônicas de Nárnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa, de Andrew Adamson (2005)

Olá, pessoal!

Tudo jóia? Espero que sim!

Pois bem, aqui estou em mais uma terça para publicar os meus textos. Mesmo sabendo que isso não seja lá grande coisa, está aí.

Algumas coisas a serem ditas: hoje a postagem iria ser dupla. Mas, por problemas na lista do Oscar, infelizmente vai ter que ficar para quinta.

Vamos nessa. Hoje, escrevo as impressões sobre o filme do momento (pelo menos até dia 16, quando estréia a nova versão do velho Kong): As Crônicas de Nárnia.



As Crônicas de Nárnia – O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa
(The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe, 2005)





Inicio este texto dizendo que me cometi um erro. E me enganei feio. Disse aqui, uns dias atrás, que esse filme tinha muito a ver com o megasucesso editorial e cinematográfico, O Senhor dos Anéis. Bem disse o Paulo Assumpção, do blog Cinema e Aspirinas: este filme precisa comer muito feijão com arroz para chegar na trilogia de Jackson. Daqui a pouco vocês que me lêem entenderão.
O filme, baseado na segunda obra de sete livros escritos por C.S. Lewis, conta como um quarteto de irmãos Lucy, Edmund, Peter e Susan (interpretados por Georgie Henley, Skandar Keynes, Wiliiam Moseley e Anna Popplewell) são mandados pela mãe para a fazenda de um senhor misterioso (Jim Broadbent) para que eles possam escapar dos bombardeios que assolam a Inglaterra por conta da Segunda Guerra Mundial. Entre as ordens da governanta ranzinza da casa, eles aproveitam o espaço e a calmaria para brincar. Durante uma dessas brincadeiras, Lucy descobre um velho guarda roupa, e nele entra. Alí ela descobre o mundo de Nárnia. Quando um problema causado pelo irmão revoltado, Edmund, os obriga a se esconder, todos entram naquele guarda roupa, e atrás dos casacos de pele, acham a passagem para o mundo fantasioso de Nárnia. Logo, descobrem que eles fazem parte de uma profecia, que dizia que dois filhos de Adão e dois filhos de Eva viriam libertar o mundo deles da terrível Feiticeira Branca (Tilda Swinton), que acaba por utilizar a fraqueza de Edmund para raptá-lo. E, junto com o Leão Aslan (voz de Lian Neeson), eles precisam liderar o exército cheio de seres fantásticos que lutará contra a Feiticeira, para que a alegria e a beleza de Nárnia [que até então vivia num terrível inverno], e para que recuperem o irmão perdido.
Olha, o filme é complicado de se analisar. Para mim, pelo menos. Já que eu fui obrigado a assistir o filme em versão dublada (detesto). E complicado também porque o filme é, digamos... religioso demais. As mensagens que ele prega podem ser encontradas facilmente em qualquer livreto de catequese, em qualquer mensagem espírita, em qualquer culto evangélico. A velha trinca hollywoodiana "dificuldade/superação/felicidade" aqui cai como uma luva. Pena.
As atuações do filme são sofríveis, por isso cheguei a conclusão de que o melhor no filme é o Leão Aslan (dublado com competência por Paulo Goulart). De resto, esqueça. Até Swinton está fraca. As crianças são lamentáveis. Completamente equivocadas as escolhas. Parece, em certas partes, que estamos vendo um bando de robôs sem emoção e, tomara que eu esteja errado, sem talento. Para um filme dessa magnitude, a escalação dos atores deveriam ser feitas de melhor maneira.
E Andrew Adamson mostra-se um diretor promissor. Ele, que roteirizou e dirigiu a série "Shrek" [filme que ironicamente satiriza a Disney, onde ele agora trabalha]. Mas ainda falta muito para ele chegar a um nivel médio. O que salva o filme, literalmente, é os efeitos, muito bem feitos, inclusive na batalha final. Até porque, se os efeitos do filme fossem ruins, aí sim o filme não teria salvação.
E finalmente, assumo meu equivoco: comparei este ao Senhor dos Anéis. Besteira. O filme é bom para aqueles que leram os livros, que nem são muito conhecidos aqui no Brasil. Para aqueles que, como eu, nunca tinha lido ou mesmo ouvido falar de um tal C.S. Lewis e seus livros, tudo parece um tanto estranho, e como diz a minha mãe [velha sábia, essa...], o filme é "catequético" demais. Talvez a Disney, que fez esse filme para sair da fossa, consiga boas bilheterias com ele, e quem sabe saia até as continuações. Mas, se saírem, precisam melhorar.

O resumo de todo o filme, de tudo o que me incomodou nele, está em uma frase bem dita pelo Érico Borgo, na sua crítica sobre este filme no site Omelete: o filme serviria certinho para a familia do Ned Flanders, de Os Simpsons.

Lamentável, para um filme que prometia bem mais.
Uma nota?

6,2 / 10
Meus amigos, eu estou indo. Eu ia publicar a minha lista do Oscar hoje, mas por conta de umas mudanças que eu resolvi fazer nesse fim de semana, eu a coloco aqui na quinta. Pois agora decidi que escrevo às terças, quintas e sábados.
Como disse o grande Stanislaw Ponte Preta, em seu livro "Febeapá 1", para satirizar uma frase que Ibrahin Sued disse em 1966: "Estarei aqui diariamente às terças e quintas!"
E continuem votando no OmniCam 2005. Para acessar, clique bem aqui
Um abraço para todos e até!
O Editor, ouvindo Rocket Man, de Elton John.
PÓS POST! : reapareço agora, as 21:42, para dizer sobre as indicações ao Globo de Ouro! Lista completa aqui!
    • onde está "Munique" nas indicações a Filme?
    • legal ver Fernando Meirelles na disputa a Direção, torço para ele (ou Clooney)
    • legal ver Pierce Brosnan nas indicações
    • Clooney vence pelo Roteiro de Good Night and Good Luck??
    • Woody Allen... bem, ele sempre tem a minha torcida.


Bem, agora eu vou (mesmo). Até!


3 Comments:

Blogger Bruno Capelas said...

Cara , tô achando que esse filme é um puta mico. Prefiro gastar minha grana da entrada com discos... pelo menos não fico puto com um som ruim ou um pirralho na minha frente. E quanto ao Globo de Ouro , eu acho que o Meirelles não tem chance nenhuma , mas pelo menos tá lá , mostrando serviço.

Um abraço!

dezembro 14, 2005 5:22 PM  
Anonymous Anônimo said...

Tenho estranhado a recptividade meio negativa que esse filme está tendo... Ainda não assisti, mas esperava que público e crítica brindassem o longa como memorável, mas não está acontecendo isso... Bom, só conferindo p/ entender...

dezembro 15, 2005 7:00 AM  
Blogger Alessandra Pilar said...

Concordo em gênero, número e grau com todo o seu post. O filme é no mínimo sofrível, pra quem viu o trailer magnânimo e esperava um desenrolar maravilhoso, depara-se com um típico sessão da tarde de férias escolares. Totalmente sem sentido. Declaro que também gostei da dublagem do leão Aslan por Paulo Goulart, na medida de que qualquer dublagem detona qualquer filme de categoria ou não. É isso...

março 07, 2006 6:22 AM  

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