sexta-feira, dezembro 16, 2005

King Kong, de Peter Jackson (2005)

Olá.

Pessoal, nem vou falar nada. Ainda estou em estado de choque.

Apresento a resenha de King Kong, de Peter Jackson.


King Kong
(King Kong, 2005)





Sabe quando você tem a impressão de que o cinema já chegou ao máximo, tudo que era possível de se fazer já foi feito, que tudo anda meio sem criatividade, os filmes não tem mais emoção, mais adrenalina? Pois é. Eis que me surge um cineasta maluco, apaixonado pelo que faz, que faz toda a noção de cinema enquanto espetáculo visual subir mais mil degraus. E, senhoras e senhores, o nome é Jackson. Peter Jackson.
Meus amigos, vocês que estão lendo podem me achar lunático e completamente exarcebado. Pois podem achar, porque eu estou convicto do que digo. Jackson fez todo o cinema subir de nível, ao readaptar o clássico com a história mais manjada da sétima arte: a do gigante gorila que se apaixona por uma bela atriz. Caramba, pensei que ia ser somente mais uma adaptação. Me enganei redondamente. Se você acha que a trilogia dos Anéis era uma adaptação insana e apaixonada de um homem com um sonho na mente e uma câmera na mão, pare. Este "King Kong" é no mínimo três vezes mais enlouquecido do que os filmes de Frodo e a Terra Média. O diretor conseguiu um feito que, para mim, era impossível: superar sua própria obra de arte, mesmo usando uma história completamente batida.
É aquela mesma: Ann Darrow (Naomi Watts) é uma atriz desempregada que é encontrada por acaso pelo diretor não menos desesperado, Carl Denham(Jack Black). Ele a contrata para rodar um filme roteirizado por Jack Driscoll (Adrien Brody) - que ela admira - com locações em Singapura, mas na verdade ele convence o capitão do barco S.S Venture (Thomas Kretschmann) a levá-lo a uma ilha misteriosa desconhecida de todos, a Ilha da Caveira. Após uma série de eventos, eles acabam chegando, mas logo se vêem encurralados pelos nativos do local, que raptam Ann para oferecê-la a um monstro gigante, o gorila de 8 metros e meio, Kong. E é aí que toda a tripulação do barco (que inclui, entre outros, Andy Serkis), junto com a equipe de filmagem de Denham (entre eles, Colin Hanks) e liderados por Driscoll se embranham na Ilha, passando por dinossauros e outras criaturas estranhas, enquanto Darrow se aproxima de Kong. Depois de várias desventuras, eles acabam em Nova York, onde Kong encontra seu verdadeiro destino.
Este filme é mérito de Peter Jackson, o visionário que começou a rodar este filme ainda criança, quando assistiu pela primeira vez a uma adaptação da história e se apaixonou por ela, e isso o motivou a seguir a carreira de cineasta. É uma inspiração para todos aqueles que, como eu, ainda almejam ser um diretor de cinema. Como pode um homem dedicar tamanha paixão a um projeto como este? Nota-se o dedo dele em tudo, desde as atuações até os efeitos visuais. Estes que são impecáveis, com o gorila digital mais realista e humano de todos. E aí entra o talento de Andy Serkis, que além de fazer um papel de carne-e-osso como o cozinheiro do S. S Venture, usou a mesma tática de Gollum, da trilogia do Anel: com os recursos de captação de movimento, atuou como Kong. E o resultado não poderia ser melhor. Ele dá uma humanidade ao gigante que nenhum software de computação gráfica poderia dar.
Brody, Watts e Black formam o trio central de atores, que estão mais que excelentes em seus papéis. E Black me impressionou, visto que ele tem uma maneira única de atuar, e cheguei a pensar que ele não caberia no papel do egocêntrico e mentiroso cineasta Carl Denham. Me enganei de novo. Só perde, em interpretação, para Watts, antes uma dúvida minha, agora certeza de indicação ao prêmio da Academia. Os coadjuvantes não ficam atrás: destaque para Kretschmann e Jamie Bell (conhecido por Billy Elliot, de 2001). Há aqui cenas que certamente entrarão para a história do cinema, como toda a seqüencia final, onde Kong está solto em Nova York. Ficará, certamente, na memória de muita gente. Como a minha.
Certo que algumas coisas estão um pouco fora do comum: alguns efeitos parecem ser exagerados, e o roteiro um pouquinho confuso. Nada que tire o brilhantismo da obra. Peter Jackson se superou, mais uma vez. Ele lembra Spielberg, em sua época mais brilhante: quando ele ainda fazia filmes que eram diversão garantida para toda a família, criativo e inventivo. Hoje, seguramente, Peter toma o lugar de Steven nesse tipo de filme.
Não é a toa que o filme arrecadou U$$18 milhões somente no primeiro dia. Vai arrecadar ainda mais, e vai conquistar o público com absoluta certeza. Pode ter certeza: se King Kong conquistou multidões nas outras adaptações, ele vai ganhar a simpatia de todos nesse aqui também. E novamente, o gorila mais famoso de todos irá ganhar o mundo.
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Uma nota?
10 / 10
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Tô indo. Nem tenho o que falar. Um abraço a todos, e até.
O Editor, ouvindo The Ballad of John and Yoko, dos Beatles.

11 Comments:

Anonymous Anônimo said...

quero muito ver. vi o trailer e fiquei exatamente com essa sensação. e adoro essa história. tenho muita pena do king kong. beijos, pedrita

dezembro 16, 2005 4:38 PM  
Blogger Bruno Capelas said...

Hehehehehehe... isso que eu chamo de fanatismo. Do Peter e teu... :D. Mas eu acho que ele pode fazer muitas coisas legais ainda. Não dando uma de louco que nem o George Lucas e inventar de filmar toda a série do SdA , podia bem fazer um filme pro Harry Potter(já pensou que beleza?) e depois sair fazendo blockbusters atrás de blockbusters... ele tem talento pra isso , não tem?

Um abraço!

dezembro 16, 2005 4:44 PM  
Blogger Gustavo H.R. said...

Nossa, depois do Kahlil, mais uma crítica ultra-mega positiva do novíssimo épico de Peter Jackson. Tendo visto somente os trailers (impressionantes, por sinal), resta-me torcer para ficar tão maravilhado quanto você - há tempos que um bom filme de aventuras não me arrebata!

Cumps.

dezembro 17, 2005 5:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

OI amigo o seu post aguçou a minha curiosidade. Confesso que pelo titulo o filme não me chamaria atenção, mais as suas palavras me deixou curiosa. Bom final de semana. Bjos

dezembro 17, 2005 6:50 AM  
Anonymous Anônimo said...

Oi cara, td bem? Estou querendo muito assistir esse filme, e agora fiquei ainda mais empolgado com os seus elogios ao filme hehe. Abraços.

dezembro 17, 2005 7:59 AM  
Anonymous Anônimo said...

Ei... ando um pouco sumido mesmo (rs), mas o trabalho anda grande. Feliz, pq semana que vem é a última e então, conseguirei ter 10 (DEZ!!!!) dias de sossego (assim espero - rs). Quanto ao King Kong - que refilmagem será esta? Pelo que me lembro agora tem a de 33 e a de 76 ( e tenho estas duas versões - rs - que ironicamente tenho em dvd a de 33 e em VHS a de 76 - + rs). Mas com a tecnologia atual, e pelo seu comentário, é claro que vamos ver. Só espero que os efeitos não tenham suplantado o "fundo" da história. Abração.

dezembro 17, 2005 1:35 PM  
Blogger Dilberto L. Rosa said...

Rapaz, mesmo admitindo falhas, você sempre dá 10, né? Rsrsrs. Bom, ainda não vi, mas acho que terei a mesma impressão que tive nos trailers, onde achei alguns efeitos e algumas cenas exageradas e aceleradas demais! Bom, mas deixe eu assistir na semana que vem, que terei mais tempo. Abração!

dezembro 17, 2005 3:24 PM  
Anonymous Anônimo said...

Agora, fiquei curioso...
Quando as filas diminuírem, com certeza, irei ver!
Abração!!!

dezembro 18, 2005 10:00 AM  
Blogger Paulo Assumpção said...

Para quem estava sem palavras até que você disse muito. Aliás, falou tudo sobre o filme! Também fiquei embasbacado com o que vi. E certamente a maior explicação para todos os acertos (e até exageros)do filme é porque o mesmo foi feito com paixão. A paixão de Peter Jackson por esta história. Pena que talvez não obtenha nas bilheterias todo o sucesso que merecia. Ao que parece, a arrecadação do final de semana nos EUA foi fraca, apesar de estar na casa dos 60 milhões. Em compensação, é só aparecer um filme idiota que os americanos correm pra ver. Lamentável, né? Um abraço!

dezembro 18, 2005 5:58 PM  
Anonymous Anônimo said...

O filme sem duvida é um espetaculo de cinema!!!!!

dezembro 19, 2005 6:17 AM  
Blogger Rafael Santos said...

Grande Luiz...Nossa...to mais q doido pra ver esse filme (posso chamar apenas de filme?)...sempre fui fã do King...e agora entao, nas maos de Peter Jackson tenho pelo menos uma certeza...o filme deve de ser de ótimo pra frente...agora deixa eu ir q ainda tenho q bolar um plano mirabolante pra ir assistir a esse filme sem ter q pagar o exorbitante preço do cinema...(pirata nem pensar...)

dezembro 19, 2005 7:29 AM  

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