terça-feira, dezembro 20, 2005

Uma Lição de Amor, de Jessie Nelson (2001)

Buenas!


Bem, estou aqui de novo novamente (?!), para a infelicidade de muitos, surpresa de outros e nenhum tipo de reação adversa por alguns.

Todos devem estar estranhando essa alegria com a qual eu estou digitando este texto agora, mas acontce que, inexplicavelmente, isso acontece comigo quando chega essas épocas de Natal. Tudo muito colorido, muito alegre, muito contagiante. Estou vivendo o que estou sentindo nas ruas, nas pessoas, na minha casa. É a única época do ano em que eu posso dizer que me sinto feliz por completo. =]

Antes de começar a minha resenha, gostaria que se possível, entrassem no blog Escrevinhadores, que essa semana tem o texto do indicado ao OmniCam, Felipe Policarpo. Eu acabo de ler e achei muito legal. Quem quiser, entra lá clicando exatamente aqui.

Bem, hoje vou escrever sobre um filme que vi esse fim de semana, graças a coleção do Samuel, que me emprestou mais de 15 filmes (thanks, rapaz!!). Dentre uns bem fraquinhos e outros quase geniais que eu vi, escolhi este para comentar.



Uma Lição de Amor
(I Am Sam, 2001)




Na minha opnião, poucos atores tem em si aquele "toque a mais", que tem a capacidade de criar personagens com tanta fidelidade, com tanto afinco, que acaba dando a impressão de o ator já não existe, o personagem tomou conta dele. Muitos, como DeNiro, Pacino, Nicholson, Peck, Gable e, mais recentemente, Edward Norton, tem essa capacidade. E, entre eles, há um que sempre chama a atenção de público e crítica. Sempre apresenta uma caracterização incrível, seja um personagem bom, seja um personagem mau. Não escondo de ninguém a minha admiração por Sean Penn, que quase sempre nos presenteia com uma atuação desconcertante, e neste filme não foi diferente.
É uma pena que esse "Uma Lição de Amor" caia nos mais absolutos clichês de filmes do gênero. Para aqueles que não sabem, um pequeno resumo: Sam (Sean Penn) é um deficiente mental que tem uma filha, fruto de uma noite que passou junto a uma mulher, desesperada para conseguir lugar para morar. Lucy Diamond (Dakota Fanning) tem sete anos, justamente a idade mental de seu pai. É quando tentam lhe tirar a filha, alegando que ele não tem capacidade de criar a menina por conta de sua deficiência. Para ajudá-lo, procura a advogada Rita (Michelle Pheiffer), uma mulher que aparentemente é normal, mas os seus problemas pessoais a deixam em stress total. Ela pega o caso de Sam, que junto com seus amigos deficientes e sua vizinha estranha (Dianne West), tenta recuperar a guarda da filha, que foi adotada por uma mulher (Laura Dern), por intermédio de um promotor (Richard Schiff). Sam lutará nos tribunais com o apoio de seus amigos para reaver a sua filha.
Sim, meus amigos. O filme poderia ser um excelente drama, com potencial imenso, se não fossem os desastrosos clichês, e a direção tristemente banal. Começemos do início: os clichês aparecem lá pelo meio do filme, e ficam até o final (esquisito, diga-se de passagem), e é o que acontece com a maioria dos filmes com deficientes mentais. Tudo para comover os espectadores. E a direção abusa um pouco dos cortes rápidos, das falas rápidas... o que não combinou com o aspecto do filme. Bom mesmo é a trilha sonora, com músicas dos Beatles, e várias referências a eles durante o filme (Sam é fã deles).
Mas, para quem pensa que tudo isso que eu estou dizendo faz do filme um daqueles que não se deve pegar numa locadora, engana-se. O filme é salvo (não há palavra mais apropriada) pela magnífica, excelente, assustadoramente convincente atuação de Sean Penn, na pele (e na alma) de Sam Dawson, o pai deficiente. É tão intensa a transformação dele, que até mesmo aqueles que interpretam seus amigos no filme (dois deles são realmente deficientes) parecem soar falso. Dá a impressão de que ele sofre mesmo de deficiência mental. Seus trejeitos, seu olhar nulo, a maneira como anda, como corre, como se mexe, como fala. É do escambau; eu torci para ele, mais do que nunca, no Oscar 2002. Perdeu para Denzel Washington.
Infelizmente, a brilhante atuação de Penn é ofuscada pelo roteiro furado, e por todos os outros problemas que eu já citei acima. Fora as outras atuações, fracas (menos Fanning - sempre a destestei, mas aqui ela dá um show, até porque não grita feito louca como no seu recente trabalho com Spielberg, "Guerra dos Mundos"). Só se pode lamentar o filme não ter sido melhor. Esse é um típico filme que eu costumo chamar de "filme da mãe", tendo em base a minha mãe, dona Luiza. Para ela, todos os filmes que fazem chorar são bons. E este é um daqueles que se enquadram nessa lista, até porque foi ela que me fez assistir, porque alguém disse pra ela que o filme era bom. E, apesar de todos os seus defeitos, o filme chega a ser razoável. Assistível, como ela diz.
Mas, se você espera uma obra brilhante, procure outro filme. Brilhante mesmo só a atuação de Sean Penn. E quando for procurar outra grande obra, dê preferência a um outro filme de Penn. Porque ele é o máximo.
.
Uma nota?
6 / 10
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Pessoal, até breve!
O Editor, ouvindo Perfeição, do Legião Urbana.
PS: para aqueles que ainda não sabem, e me perguntam porque sempre aparece Legião Urbana aqui, digo: sou fanático pela música da banda.

9 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Olá, Luiz!

Duas coisa incriveis pra começar...falei ontem a um amio sobre ese filme, de sua trilha com musicas dos Beatles...e estou ouvindo, ´´teatro dos vampiros``, aliás estou ouvindo o cd V da Legião, qeu tambem gosto muito. Ao filme dou nota 8. Obrigado pela visita meio que sem querer, apareça...voltarei.Superinteressante o seu blog.

Um abraço

dezembro 20, 2005 10:38 AM  
Anonymous Anônimo said...

ah, esqueci de dizer que um dos meus passatempos favoritos é assistir filmes...gostaria que algum dia voce falasse sobre ´´Perdidos na Noite``, pra mim, o melhor filme de todos os tempos.

té mais

dezembro 20, 2005 10:40 AM  
Anonymous Anônimo said...

vixe, não me interesso por esse tipo de filme não. beijos, pedrita

dezembro 20, 2005 4:37 PM  
Anonymous Anônimo said...

Oi cara, td bem? Tenho vontade de assistir a esse filme. Pela sua critica, pelo menos pelas atuações de Sean Penn e Dakota Fanning, o filme vale a pena né. Abraços.

dezembro 20, 2005 4:53 PM  
Blogger Gustavo H.R. said...

Pela trilha e pelas atuações de Pfeiffer e Fanning, esse pequeno melodrama realmente furado de clichês e com direção amadora (para que aqueles "zooms" constantes?) vale a pena...
No Oscar 2002 estava torcendo por Tom Wilkinson, outro que estava melhor que Denzel Washington.

E concordo, Luiz Henrique, também fico para cima nesta época do ano.

Cumps.

dezembro 21, 2005 6:07 AM  
Anonymous Anônimo said...

Oi Luiz, acredita que este não assisti? Mas em matéria de "Lições de Amor" acho mesmo, que todos nós, temos que fazer por muito tempo, graduação, pós, mestrado e doutorado (rs). Hoje, passei aqui, para lhe desejar um NATAL... cheio de amor, de alegria e que em 2006 possamos trocar mais e mais "figurinhas" como estas. Super grande abraço.

dezembro 22, 2005 4:45 AM  
Anonymous Anônimo said...

Olá amigo no meu caso felicidade viu?
Que neste Natal,
a luz Divina
aqueça seu coração,
para que você possa iluminar
e aquecer outros corações
e que no Novo Ano que se aproxima,
você encontre muita paz
realize todos os seus sonhos
e tenha muitas alegrias.

São os meus mais sinceros votos!!!
Bjks enormes no seu coração.

dezembro 22, 2005 11:18 AM  
Anonymous Anônimo said...

Já assiti esse filme. Tá, não é dos melhores da minha vida, mas gostei sim! A atuação do Sean Penn foi perfeita! Não preciso falar mais nada!
Gostei muito do seu blog! Também sou suspeita, filmes são comigo mesmo! Bjos! E um Feliz Natal!

dezembro 23, 2005 10:07 AM  
Anonymous Anônimo said...

Detesta clichês e adora Legião e torce para alguém no Oscar??
Hummmm... Sinistro!!!

fevereiro 12, 2007 12:29 PM  

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