sexta-feira, janeiro 13, 2006

O Exorcismo de Emily Rose, de Scott Derrickson (2005)

Olá!
Tudo bem com todos? Espero que sim!

Bem, mais uma vez passando com certa pressa por aqui, visto que estou me mexendo para melhorar os rendimentos da recém formada nanomicropequena empresa de produções. E antes que eu me esquecesse, peguei a primeira oportunidade de entrar na net e escrever aqui.

Hoje, sobre um filme que dividiu opiniões. Muitos acharam bom; outros acharam ruim.
A minha opinião? Aqui está.




O Exorcismo de Emily Rose
(The exorcism of Emily Rose, 2005)





Na sessão que eu peguei deste filme, na última sexta feira, muita gente entrou confiante e saiu decepcionada. Deu para ouvir alguns " - Que merda de filme", ou então "- Achei que fosse um filme de terror". Mas também teve gente que achou o filme interessante, com uma boa mensagem e com um visual ótimo. Eu me encaixo justamente no meio termo entre essas duas façções de espectadores que sairam da sessão de "O Exorcismo de Emily Rose", filme dirigido e co-roteirizado por Scott Derrickson.
Para aqueles que não sabem a história, é o seguinte: o filme é baseado na história real de Emiy Rose (Jennifer Carpenter), uma jovem de 19 anos que morreu por conta de desgaste físico e mental por causa dos rituais de exorcismo comandados pelo padre Moore (Tom Wilkinson). Pelo menos, é isso que a promotoria quer provar. Para defender o padre, a arquidiocese contrata a experiente advogada agnóstica Erin Bruner (Laura Linney), que aceita o caso. Conforme o julgamento ocorre, flashbacks mostram a vida de Rose antes e durante seus espasmos provocados pelo provável espirito maligno que se apossou de seu corpo, até o fatídico exorcismo, que resultou em sua morte. E os jurados tem que decidir se houve negligência por parte do padre Moore, ou se a jovem morreu por conseqüencia das entidades malignas que se apossaram dela.
Tecnicamente, o filme é legal, tem uma fotografia excelente, e eu achei que é um outro estilo de suspense. Muitos viram o cartaz no cinema e pensaram se tratar de um filme sobre demônios, exorcismo de cabeças virando, como no maior e melhor exemplar de filmes do gênero, "O Exorcista" (1974, de William Friedkin). Todos estes se enganaram, e se você for ao cinema com essa expectativa, nem vá. Se você não gosta de filmes de tribunal, nem perca seu tempo. Definitivamente, não é para todos os gostos. A maioria do filme se passa no tribunal, sendo que as partes mais tensas ficam para os flashbacks na vida de Emily e nas desventuras passadas pela advogada interpretada por Laura Linney.
Aliás, o ponto maior do filme reside nas interpretações de Linney e Wilkinson, apesar de um pouco caricatas. Ela, a advogada agnóstica que passa a no mínimo desconfiar da existência de entidades malignas conforme adentra no processo. Ele, o padre que pode ser um homem injustiçado, preso sem nenhuma culpa, como pode também ter sido responsável direto pela agonia e desgraça da menina. Enquanto isso, a atriz que interpreta Emily Rose, chamada Jennifer Carpenter, tem uma atuação exemplar, sem grandes exageros. O que pode cansar o público é o roteiro a passo lento, um pouco cansativo,e contém alguns furos imperdoáveis na meia hora final. Mas para aqueles que curtem o gênero (como eu) o filme passa por legal.
A direção e o roteiro são cautelosos, tudo para seguir os aspectos legais corretamente. E por isso pode pecar um pouco, como nos erros que já subcitei no paragrafo anterior, e outros, que assim como o primeiro, não revelo pois pode tirar a graça de quem ainda se interessa em ver o filme. Mas existem coisas que são de lascar. Como por exemplo a talentosa atriz Shohreh Aghdashloo (para conferir o seu talento atualmente, assistam a série "24 horas" na Rede Globo), fazendo uma ponta no filme, mas que parece muito distante, longe, sem vontade. Seu personagem é interessante; mas a atuação deixa a desejar, assim como do médico que tenta ajudar o Padre Morre e a advogada dele a ganharem a causa, mas é impedido. Me soou falso.
Muitos podem achar o filme uma droga. Lixo direto, filme comercial, etc etc etc. Mas outros podem achar o filme médio, nem muito bom, nem muito ruim, e outros poucos acharam o filme bom. Eu, como disse na abertura deste texto, disse que fiquei no meio termo, e mantenho. O filme tem uma premissa legal, mas poderia ser melhor realizado. Quem sabe, com a ajuda divina uma refilmagem superior possa acontecer um dia.
Uma nota?
6 / 10
Um abraço para todos que entram e ainda tem paciência de ler meus textos; não sou crítico profissional e nem almejo sê-lo, mas faço aqui o meu melhor, colocando o meu ponto de vista para que os outros, ou seja, vocês que lêem concordem ou não. E é isso que faz a graça deste blog. O espaço aberto para todas as opiniões, sejam elogios ou críticas.
Um abraço,
O Editor.

13 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Olá, Luiz!

Achei um bom filme. A Jennifer não é uma atriz ruim, mas pensei na Winona Raider...Duas pessoas que assisitiram comentaram que pensou ser como O Exorcista. Dou nota 7.

Um abraço

janeiro 13, 2006 3:04 PM  
Anonymous Anônimo said...

Bem, Luiz, eu não vi o filme, mas pelo cartaz realmente eu imaginei se tratar de um filme parecido com o Exorcista. Acho que isto deve aumentar a decepção de quem assiste. É uma pena. Seu comentário sobre o filme foi ótimo! Abraços!! Bom fim de semana!!

janeiro 14, 2006 7:05 AM  
Blogger Tom said...

Esse filme estreou por aqui agora, e estou bem curioso, mas não como um filme de terror. Creio ser a única criatura que não pensa nesse filme sob este ponto de vista, né? Estou olhando, mesmo, pelo lado "filme de tribunal com referências de terror".
Abração!

janeiro 14, 2006 9:36 AM  
Anonymous Anônimo said...

Oi cara, td bem? Gosto mto de ler suas críticas aqui! Esse filme ainda não pude ver, não tenho como dar minha opinião, mas quer assisti-lo. Abraços.

janeiro 14, 2006 6:59 PM  
Blogger Dilberto L. Rosa said...

"Meio termo" com Luiz Henrique?!?! Chamem o exorcista, porque o meu amigo só pode estar possuído! Rsrs. Muito boa a resenha crítica do filme que não vi no Cinema, mas que tive a mesma sensação que você, mesmo sem assistir... Adorei também o "nanomicropequena" empresa, boa sorte em seus investimentos, uma coisa que gostaria de ter coragem de fazer, apesar de não trabalhar na área! Um abração e vê se aparece lá nos Morcegos! P.S.: sigo sem saber se ganhei ou não alguma coisa no teu concurso!

janeiro 15, 2006 6:59 AM  
Anonymous Anônimo said...

Bom domingo!!!!



Um abraço

janeiro 15, 2006 7:43 AM  
Blogger Paulo Assumpção said...

Luiz, ótimo tema para uma sexta-feira 13! Contudo, eu fico entre os que não gostaram do filme. Principalmente por duas razões: o ritmo arrastado (também percebido por você) e a falsa neutralidade do roteiro, que fica o tempo todo jogando com duas possibilidades para os fatos mas acaba tomando partido no final (seria mais interessante se deixasse o público tirar suas próprias conclusões). Sucesso na sua "nanomicropequena" empresa de produções! Grande abraço!

janeiro 15, 2006 7:57 AM  
Blogger Marco said...

Olá, caro Luiz. Sobre este filme, olha, estou entre os que acham que ele não fede nem cheira (a enxofre). Para mim, um filme completamente esquecível. Sua resenha talvez até seja melhor que ele. Também gostei do "nanomicropequena" empresa...Ré! Ré! Ré!..
Um forte abraço.

janeiro 15, 2006 2:32 PM  
Blogger Marco said...

Luiz, voltei para comentar a parte final do seu post.
TODA crítica, inclusive a feita por "profissionais" é baseada em opiniões pessoais. A deles DEVERIA ser fundamentada em alguns critérios, coisa que quase nunca acontece. Lá no meu Antigas Ternuras eu, volta e meia, opino sobre algum filme que me tenha afetado de alguma forma. Sempre deixo claro que aquela é a minha opinião, não necessariamente a VERDADE mesmo porque a "verdade" é sempre uma coisa muito relativa. Escreva, e escreva sempre que você quiser que a gente está aqui para ler e concordar ou discordar. Trocar opiniões é saudável, é democrático, é dialético. Bem, pelo menos essa é a minha opinião...

janeiro 15, 2006 3:04 PM  
Blogger Gustavo H.R. said...

Puxa, Luiz Henrique, foi justamente por ter essa impressão mediana do filme que acabei desistindo de assistir. Ia ver no Sábado, mas parece tão desprovido de surpresas... Fica para quando passar na TV a cabo.

Abraço.

janeiro 18, 2006 9:45 AM  
Anonymous Anônimo said...

Bom fim de semana!

Um abraço

janeiro 19, 2006 5:56 PM  
Anonymous Anônimo said...

Esse filme me pareceu estranho , apesar da Laura Linney no elenco. Mas o King Kong é show de bolaaa!

Um abraço!

PS:Não esperava tamanha paulada no OmniCam...

janeiro 20, 2006 4:05 PM  
Anonymous Anônimo said...

Esse eu assisti!
É um pouco cansativo como vc disse, mas achei bem interessante!
Gostei sim...

janeiro 31, 2006 7:20 AM  

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