sexta-feira, junho 30, 2006

OmniCam 2006 - Foi dada a largada!

Olá, pessoal!
Tudo bem? Espero que sim!!


Pois bem: depois do desastroso texto que escrevi sobre Armageddon (desastroso porque a nota e o texto em si foram recebidos com 121365466968965463 pedras por alguns que leram e não comentaram, preferiram me descompor no MSN - e alguns que comentaram, como o Dilberto, do Morcegos, que o fez tanto aqui como lá), estou aguardando a estréia de algum filme para que eu possa comentá-lo. Provavelmente será ou Poseidon ou Superman Returns. O que aparecer primeiro aqui.

Mas dirão vocês que me lêem agora:
-Porque tu não aluga um, então?

No que eu responderei:
-Poderia, se tivesse tempo pra ir na locadora.

É verdade. Meu tempo para sair de casa em dia de semana praticamente inexiste. Tenho de ir trabalhar, sair do trabalho e trabalhar de novo em outro lugar, sair desse lugar e pegar escola, voltar pra casa, dormir, acordar e começar tudo de novo. Um saco, devo dizer.

Mas necessário.

Enfim, então farei o seguinte: eu estou abrindo o espaço para vocês, que ainda vêm até aqui ler o que eu humildemente escrevo, para que indiquem outros blogs que julguem serem qualificados a participar do OmniCam 2006.

Podem fazer isso de duas maneiras: deixando nos comentários o endereço do blog/flog/fotolog que desejam indicar; ou mandar para luizhenriquesoliveira@gmail.com caso queira não divulgar nos comentários a sua indicação. Mas, nesse caso, peço que deixem o aviso na caixa de comentários de que mandaram o e-mail.
Todos os que tiverem seu link indicado serão visitados pelos votantes e, claro, por mim.

Qualquer dúvida, meu MSN é l_henrique_@hotmail.com; e meu Orkut é este.

Indiquem; podem fazer isso quantas vezes quiser e quantos links quiserem. Estou abrindo o espaço para blogs e flogs que quiserem participar, por conta do número de blogueiros que apareceram depois do resultado final querendo participar. Então, fica assim!

Colaborem, meus amigos. Quem puder, divulga no seu blog que está aberta esta oportunidade. Daí, quem quiser participar, é só deixar manifestada essa vontade nos comentários ou no e-mail!
Não é marketing para o meu blog, como um pode pensar. É a vontade de fazer crescer um projeto bacana e que foi bem-sucedido no ano passado; e que pode servir de incentivo a arte de blogar, que anda decaindo nos últimos tempos com o baixo estímulo que os blogueiros andam recebendo (será preguiça? será desestimulo? não sei.), como bem disse meu amigo Marcos Aurélio Felipe, do Foco Potiguar.

Por enquanto, é só! Este post ficará aqui por uma semana e meia, tempo suficiente para todos poderem comentar e deixar sua indicação!

Abraços gerais,

O Editor, ouvindo Tu És o MDC da Minha Vida, de Raul Seixas.

quinta-feira, junho 15, 2006

Armageddon, de Michael Bay (1997)

Olá!!!
Tudo bem com vocês? Espero que sim!


Bem, hoje vou escrever sobre um filme que a Natascha (http://criticasmediocres.zip.net) deixou aqui em casa já faz um tempo, mas só hoje, feriado de Corpus Christi, que eu tive tempo de ver!
Deixo escrito aqui as minhas impressões sobre Armageddon.

Mas antes, gostaria de comunicar que o OmniCam 2006 já está em andamento. Quem quiser indicar um blog para participar, deixe junto aos comentários. Pois só podem participar aqueles que tiverem seu blog/fotolog nos comentários do Under Pressure 2.0! Mas, esse ano, pode-se ter indicações também. Se acha que um blog merece ser analisado pela comissão de 10 jurados (amigos meus =D) para concorrer ao prêmio no fim do ano, só deixar junto com o comment. Se você quiser participar, deixe comentário também! Para quem perdeu a edição passada, clica aqui e saiba de tudo que rolou na primeira edição do OmniCam. Os indicados serão anunciados no primeiro sábado de novembro, dia 4; e os vencedores, no dia 16 de dezembro.

Enfim, a resenha!


***
ARMAGEDDON
(Armageddon, 1997)


Sei lá, talvez seja algum problema neuropsíquico, mas eu gosto de blockbusters. Não todos, obviamente, mas gosto de alguns. Mesmo sabendo que eles servem apenas para dar dinheiro para as empresas de produção de filmes e seus respectivos produtores, e encher de titica a cabeça do espectador com muita ação, explosão e histórias absurdas. Mas, não creio que alguém vá negar que “Armageddon” é o melhor blockbuster já produzido até hoje. Pelo menos, aqui em casa todo mundo vai concordar.


No ano em que disputou 4 Oscar’s, isso em 1998, eu torci desesperadamente para que, pelo menos, levasse o justo troféu de Efeitos Visuais. Perdeu. Para “Amor Além da Vida”, aquele romance com Robin Williams. Fiquei revoltado na hora (mas depois comprovei a competência de Joel Hynek, Nicholas Brooks, Stuart Robertson, Kevin Mack neste filme excepcional que mais tarde entraria na minha lista TOP 15). O que me revoltou mesmo foi I Don’t Want To Miss a Thing, interpretada pelo grupo Aerosmith, ter perdido o prêmio de Canção Original para uma música meia-boca, a grande surpresa da noite (para mim) que foi When You Believe, aquela cantada pela Mariah Carey e é do filme “O Príncipe do Egito”. Dessem então o prêmio para That’ll Do (do filme Babe, um Porquinho Atrapalhado na Cidade, composta pelo grande Randy Newman)! Enfim, nada tira o brilho desse filme. Nada mesmo.

Para quem não conhece: a Terra está na trajetória de um asteróide, do tamanho do estado do Texas, e que se colidir acabará com toda e qualquer vida no planeta. A NASA tem 18 dias para impedir que o tal asteróide colida, e convocam o experiente perfurador de petróleo Harry Stamper (Bruce Willis) e sua equipe para uma missão ousada: fazer uma perfuração no meio do astro e instalar uma ogiva nuclear para que exploda internamente, fazendo com que as metades passem ao lado da Terra. Essa missão trará mais do que perigo para os tripulates das naves Freedon e Independence: farão descobrir a coragem, a determinação e o instinto de solidariedade e sobrevivência dentro de cada um.

Lembro-me bem de ter ido ver esse filme no cinema, e sair de lá absurdamente maravilhado. Tenho a mania de me exaltar na saída de cada filme que eu gosto e de dar notas altas ao escrever sobre eles, mas esperei. Revi o filme algumas vezes mais e cheguei a conclusão de que ele é mesmo bom. Dirigido pelo difamado Michael Bay, pela primeira vez eu tinha visto uma obra desse diretor que tivesse uma alta cotação comigo (Depois, incluí nessa lista o filme “A Rocha”, aquele com Sean Connery e Nicolas Cage). Claro que tem toda aquela megalomania de Bay ao mostrar explosões, fogo, desespero, explosões, muitos decibéis de efeitos sonoros, explosões e explosões. Mas o filme é salvo pelas atuações, incrivelmente realistas, de Bruce Willis (em um de seus trabalhos mais marcantes), Liv Tyler, Ben Affleck e Billy Bob Thornton.

O roteiro tenta ser realista ao máximo, mas tem alguns furos surpreendentes que comprometem toda a nota do filme. Apesar de co-escrito pelo hoje badalado criador de Lost e diretor de “Missão Impossível 3”, J.J. Abrams, a história parece um queijo suíço, de tão furada. E manjada também (Na mesma época saiu “Impacto Profundo”, da Dreamworks, bem menos realista em termos de atuação e imagens mas com uma história (um pouco) mais coesa). A direção de Bay, como já disse, é aquela mesma da cartilha que ele segue em todos os seus filmes: portanto, sem novidades.

Produzido pelo grande (e prepotente) Jerry Bruckheimer, “Armageddon” tinha tudo para ser apenas mais um filme estilo “Supercine”, mas se tornou mais que isso até porque virou um cult. A música-tema já citada ainda toca como louca nas rádios, suas cenas são lembradas por qualquer grupo de mais de duas pessoas que tenham visto o filme. Em especial, o final é maravilhoso. Emocionante, triste, mas ao mesmo tempo encorajador. Os efeitos quase perfeitos, atuações bem legais.

Há filmes que nos marcam para sempre. E este, mesmo sendo um blockbuster, marcou não só a mim mas a muitos de minha geração. Posso estar errado, mas o tempo dirá.


Uma nota?
9 / 10
***
Bem, pessoal, por hoje é isso. Tenham um excelente feriado, um bom fim de semana e até a próxima semana!
O Editor, ouvindo Cuban Pete, de Jim Carrey (The Mask Soundtrack)

sexta-feira, junho 09, 2006

A Lista de Schindler, de Steven Spielberg (1993)

Olá a todos!
Tudo bem? Espero que sim!

Só peço uma coisinha, besteira, mas peço humildemente:
Na quarta (sim, postei atrasado), publiquei meu texto no Escrevinhadores, sobre futebol (o tema fui eu quem escolheu esse mês - me desculpem, não pude fugir do clichê), e gostaria que comentassem. Basta clicar aqui.

Bem, hoje, o comentário de um dos melhores filmes do mestre Spielberg, "A Lista de Schindler". Leiam, comentem e concordem (ou discordem)!


***
A LISTA DE SCHINDLER
(Schindler’s List, 1993)




Nada do que um clássico para esquentar certas noites frias de inverno e arrebanhar novamente velhos corações. Quando do lançamento de “A Lista de Schindler”, em 1993, eu ainda estava no alto (ou seria baixo?) dos meus 7 anos de idade, mal sabia que o mundo já estivera em guerra, não conseguia falar o nome de Adolf Hitler sem que todos no recinto dessem gargalhadas altíssimas, mas já sabia, e de cor, quem era Steven Spielberg e começava a desconfiar das coisas que ele era capaz de fazer. Sem brincadeira, é verdade.

No filme, Oskar Schindler (interpretado com grande maestria pelo ator Liam Neeson) é um incessante bajulador dos poderosos, membro do Partido Nazista, um típico empreendedor aproveitador da época, e que se costuma chamar agora de “empresário-carrapato” (vive na cola daqueles que detém o poder para conseguir favores para benefício de sua empresa). Um bom-vivant, que se aproveita da recém iniciada Segunda Guerra Mundial para aumentar os seus negócios. Para tanto, chama Itzak Stern (o excepcional Bem Kingsley), um contador judeu que está desempregado por causa da resolução do Terceiro Reitch, que mandou todos os judeus para o Gueto de Varsóvia e retirou todas as fortunas, bens e empregos da população judia. Schindler vê aí então uma possibilidade de fazer crescer os seus negócios, resolve convocar os (literalmente) pobres judeus para trabalharem em sua fábrica, ao mesmo tempo em que mantém uma amizade com o novo regente local, o temido e cruel Amon Goeth (Ralph Fiennes, irreconhecível). Mas a convivência com os sofridos judeus faz com que Schindler, com a ajuda de Stern, cometa um dos maiores atos de bravura, coragem e heroísmo que se tem noticia na Alemanha da época de Hitler.

Esplendidamente dirigido por Spielberg, esse filme em preto-e-branco retrata com fidelidade o horror da Segunda Guerra Mundial, a carnificina desmedida que Adolf Hitler apregoou durante todo o seu governo nazista. Os assassinatos a sangue-frio mostrados no filme chocam, mesmo àqueles que já viram o filme várias vezes, por conta do seu realismo chocante.A fotografia de Janusz Kaminski, sempre competente, aqui se supera. A cena da menina do casaco vermelho é simplesmente inesquecível. E, sinceramente, sem palavras para o sempre genial John Williams, que aqui compôs uma trilha emocionante, ao mesmo tempo dolorosa, executada ao violino pelo mestre Itzak Pearlman. O filme é um tanto longo, sim senhor, mas cada minuto em frente a TV é compensador.

O roteiro de Steve Zaillan vai fundo na dor e na angústia do povo judeu, que foi humilhado e massacrado pelo exército do [assim chamado] Eixo do Mal no período entre 1939 e 1945. Ao tempo em que mostra como Schindler, um homem influente dentro do Partido Nazista, amigo de generais exterminadores, passa a sentir compaixão pelos funcionários de sua fábrica, o que o leva a tomar a decisão de montar a famosa lista. Méritos para o roteiro, mas também para as atuações de Neeson, Kingsley e Fiennes. O filme teve doze indicações ao Oscar, levando sete (venceu em Direção de Arte, Cinematografia, Direção, Edição, Musica, Roteiro e Filme – perdeu os prêmios de Ator [Leeson], Coadjuvante [Fiennes], Figurino, Maquiagem e Som)

Confesso que tentei achar falhas e erros no filme, mas felizmente não consegui. Pode ser que você, que está lendo esse texto agora e tenha visto o filme tenha achado, mas eu não consegui e me dou por feliz, pois “A Lista de Schindler” tem status de obra de arte. Realmente, uma obra de arte, que deu a Steven Spielberg o seu primeiro Oscar de Direção (convenhamos: ele merecia ter ganho uns dois outros antes desse, merecido também) e o primeiro filme dirigido por ele a levar a estatueta de Filme.

Revi esse filme numa noite fria de junho. Foram três horas em que me senti no meio daquela gente, sofrendo e vivenciando os seus sofrimentos, mas ainda assim tendo um fio de esperança que apareceu na forma de um homem que jogou toda a sua fortuna e sua reputação para o alto em nome da piedade.

Uma história infalível, um diretor inspirado, um filme genial e um espectador fascinado.


Uma nota?
10 / 10
***
Pessoal, aqui me despeço! Desculpem se estou meio atarefado, não é minha intenção ficar longe por muito tempo. Aguardem novidades. ^^
Até breve!
O Editor, ouvindo Heroes, de Queen (with David Bowie in Freddie Mercury Tribute Concert)