terça-feira, janeiro 31, 2006

Extra - Indicados ao Oscar 2006

Olá a todos!
Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Peço humildemente mil desculpas pela ausência em vossos blogs, andei cheio (de tudo).
Estarei me atualizando em breve.

Hoje estou aqui para uma "Edição Especial". Os indicados ao Oscar 2006!

Para acompanharem o meu raciocínio (?), passo a lista completa dos indicados:



Indicados ao Oscar 2006


Melhor filme
* O segredo de Brokeback Mountain
* Capote
* Munique
* Crash - no limite
* Boa noite, e boa sorte

Melhor ator
* Philip Seymour Hoffman - Capote
* Terence Howard - Hustle & Flow
* Heath Ledger - O segredo de Brokeback Mountain
* Joaquin Phoenix - Johnny e June
* David Strathairn - Boa noite, e boa sorte

Melhor ator coadjuvante
* George Clooney - Syriana
* Matt Dillon - Crash - no limite
* Paul Giamatti - A luta pela esperança
* Jake Gyllenhaal - O segredo de Brokeback Mountain
* William Hurt - Marcas da violência

Melhor atriz
* Judi Dench - Sra. Henderson Apresenta
* Felicity Huffman - Transamerica
* Keira Knightley - Orgulho e Preconceito
* Charlize Theron - Terra Fria
* Reese Witherspoon - Johnny e June

Melhor atriz coadjuvante
* Amy Adams - Junebug
* Catherine Keener - Capote
* Frances McDormand - Terra fria
* Rachel Weisz - O jardineiro fiel
* Michelle Williams - - O segredo de Brokeback Mountain

Melhor Animação
* A noiva cadáver
* Wallace & Gromit: A batalha dos vegetais
* O castelo animado

Direção de arte
* Boa noite, e boa sorte
* King Kong
* Harry Potter e o cálice de fogo
* Memórias de uma gueixa
* Orgulho e preconceito

Fotografia
* Batman begins
* Boa noite, e boa sorte
* O segredo de Brokeback Mountain
* Memórias de uma gueixa
* O novo mundo

Figurino
* A fantástica fábrica de Chocolate
* Memórias de uma gueixa
* Sra. Henderson Apresenta
* Orgulho e preconceito
* Johnny e June

Direção
* George Clooney - Boa noite, e boa sorte
* Paul Haggis - Crash - no limite
* Ang Lee - O segredo de Brokeback Mountain
* Bennett Miller - Capote
* Steven Spielberg - Munique

Roteiro adaptado
* Marcas da violência
* O jardineiro fiel
* O segredo de Brokeback Mountain
* Capote
* Munique

Roteiro original
* Crash - no limite
* Boa noite, e boa sorte
* Ponto final (Match point)
* A lula e a baleia
* Syriana

Melhor Documentário
* Darwin´s Nightmare
* Enron: The smartest guys in the Room
* A marcha dos Pingüins
* Murderball
* Street Fight

Melhor documentário curta-metragem
* THE DEATH OF KEVIN CARTER: CASUALTY OF THE BANG BANG CLUB
* GOD SLEEPS IN RWANDA
* THE MUSHROOM CLUB
* A NOTE OF TRIUMPH: THE GOLDEN AGE OF NORMAN CORWIN

Edição
* Johnny e June
* Munique
* Crash - no limite
* A luta pela esperança
* O jardineiro fiel

Filme estrangeiro
* Paradise Now (Palestina)
* Don't Tell (Itália)
* Feliz Natal (França)
* Sophie Scholl (Alemanha)
* Tsotsi (África do Sul)

Maquiagem
* As crônicas de Nárnia
* Star Wars: Episódio III
* A luta pela esperança

Trilha sonora
* O segredo de Brokeback Mountain
* O jardineiro fiel
* Memórias de uma gueixa
* Munique
* Orgulho e preconceito

Canção
* "In the Deep" - Crash - no limite
* "It's Hard Out Here for a Pimp" - HUSTLE & FLOW
* "Travelin' Thru" - TRANSAMERICA

Edição de som
* Memórias de uma gueixa
* King Kong
* Guerra dos mundos

Mixagem de som
* Memórias de uma gueixa
* King Kong
* Guerra dos mundos
* Johnny e June
* As crônicas de Nárnia

Efeitos visuais
* King Kong
* Guerra dos mundos
* As crônicas de Nárnia

Curta de animação
* BADGERED
* THE MOON AND THE SON: AN IMAGINED CONVERSATION
* THE MYSTERIOUS GEOGRAPHIC EXPLORATIONS OF JASPER MORELLO
* 9
* ONE MAN BAND

Curta-metragem
* AUSREISSER (THE RUNAWAY)
* CASHBACK
* THE LAST FARM
* OUR TIME IS UP
* SIX SHOOTER

fonte: site Omelete



Comentários:

Filme: para mim, uma grande surpresa ver "Capote" nas indicações a Melhor Filme. O filme ganhou força nas últimas semanas, assim como "Crash", que também está entre os cinco. Barbadas como "Brokeback Montain" e "Munique" e "Boa Noite e Boa Sorte." não assustaram ninguém.

Direção: Mais uma vez, "Capote" me surpreendeu, dando a indicação a Diretor para Bennet Miller. Ele não estava nas expectativas. E assim como "Crash", não apostava nem nele e nem em Paul Haggis nessa categoria.

Ator: Tudo dentro do esperado.

Atriz: Keira ganhou a disputa com Zyang Ziyi na categoria e levou a indicação. Não apostava em Charlize Theron, mas sim em Joan Allen. Fora isso, barbada.

Ator Coadjuvante: surpresa a indicação de William Hurt na categoria, e a crescente força de "Crash" fez com que até mesmo Matt Dillon, ator que eu sempre considerei fraco, ganhasse sua indicação. Paul Giammatti entra no páreo como consolação, por ter ficado de fora da disputa ano passado por "Sideways". Não importa, visto que todo mundo sabe quem vai ganhar. (Clooney).

Atriz Coadjuvante: Quase, mas quase mesmo, inclui nas minhas apostas a Frances McDormand, mas por algum motivo, não a coloquei. Tudo dentro dos conformes, mas uma pergunta bate a minha cabeça: quem é Amy Adams? O que é "Junebug"?

Animação: apostei erradamente em "Madagascar", filminho divertido. Ganhou a vaga "O Castelo Animado", japonês. Nunca gostei de desenhos nipônicos, mas... enfim, os outros dois garantes uma briga feia pela estatueta. Se nada mudar, "WeG" leva.

Roteiro Original: briga de cachorro grande. Dificil, muito dificil. Por uma pequena vantagem, acho que "Crash" leva (apesar de não concordar com isso - torço para "Boa Noite e Boa Sorte.") Ou correndo por fora, Woody Allen, pelo seu "Match Point".

Roteiro Adaptado: torço pelo "O Jardineiro Fiel", ou "Munique". Mas, fazer o que, deve levar o prêmio o "Brokeback...".

Filme Estrangeiro: O que todo mundo esperava, "Dois Filhos de Francisco" não teve indicação a nada. Já era esperado. Mas, por mais incrível que possa parecer, acertei todos os indicados na categoria, que se nada mudar, vai para "Paradise Now", da Palestina.

Gerais: Surpresa com "Batman Begins" em Fotografia, "Jardineiro Fiel" em trilha sonora, "Os Produtores" concorrendo em nada, "Star Wars III" fora da disputa de Efeitos Visuais (em seu lugar, Crônicas de Nárnia - o que ainda estou tentando entender), King Kong recebeu boas indicações que certamente irá levar, "Guerra dos Mundos" pode levar na categoria Som... entre outras coisas.



Enfim, esse ano eu me decepcionei um pouco, mas tudo bem. Agora, nos resta esperar pelo dia 5 de março, quando serão entregues os prêmios aos melhores do ano. Até lá, seguiremos especulando. E vocês, que lêem aqui, deixem seus comentários a respeito. Podem dizer tudo o que acham - sem medo! - pois aqui todos são livres para opinar o que quiserem. Mostrem a indigação ou felicidade.

Um abraço a todos, e até!


O Editor.

sábado, janeiro 28, 2006

Tudo o Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo, Mas Tinha Medo de Perguntar, de Woody Allen (1972)

Olá!

Tudo bem com todos? Espero sinceramente que sim!


Hoje está sendo um dia fatídico. Creio que estou entrando novamente em alguma fase negra que pensei ter deixado em algum lugar, lá atrás, que muitos de vocês que ainda me lêem hoje acompanharam em outros posts, em outras épocas. Mas penso também que isso pode ser passageiro, apenas uma dorzinha, uma pontada que não significa nada. Quem sabe. Mas é melhor se cuidar.

E nesse clima meio xarope, eu estou postando hoje.

Para o dia de hoje, escolhi fazer duas coisas: um comentário breve e as minhas apostas para o dia 30 deste mês.

O que? Você não sabe o que tem no dia 30 deste mês?

Bem, explico: no dia 30 de janeiro, isto é, na segunda próxima, sai as indicações ao Oscar, o prêmio mais esperado, comentado e considerado do planeta. E como é costume, em todos os anos, fiz a minha aposta nas rodas de amigos, e estou na espera de ganhar alguma coisa...

(... ano passado, apostei n' " OAviador" que, apesar de levar 5, perdeu os principais, que ficaram com "Menina de Ouro")


Bem, sem mais, apresento o filme que comento hoje.




Tudo o que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo,
Mas Tinha Medo de Perguntar

(Everything you Always Wanted to Know About Sex - But Were Affraid to Ask, 1972)






A primeira vez que assisti a um filme de Woody Allen foi com o divertidinho "Hannah e Suas Irmãs", acho que em 1998. Era um VHS da pior qualidade, mas o conteúdo compensou o drama que foi tentar consertar o tal cassete. Ainda bem que hoje, com o advento do DVD, tudo ficou mais fácil. Inclusive, achar as obras mais antigas do cineasta, que eu sempre ouvi falar que eram suas obras mais inspiradas. Sendo assim, passeando pela locadora dia desses, dei de cara com esse filme com nome comprido, mas chamativo. E foi assim que acabei vendo uma das comédias mais inteligentes que eu tive o prazer de assistir.

Na verdade, o filme é um conjunto de vinhetas que falam sobre unica e exclusivamente sobre sexo, das mais diversas formas. Para citar apenas algumas das melhores, tem a história do doutor bonzinho (Gene Wilder), que se vê apaixonado. Por uma ovelha. E a outra, em que três espermatozóides (entre eles o próprio Allen) discutem sobre a ejaculação de uma maneira impensável. Enfim, é impossivel descrever a história do filme como um todo. A única coisa de que se tem certeza é seu tema: sexo.

E Woody Allen o trata com o melhor de seu humor, inteligente e criativo, para abordar os diversos lados da maior diversão do homem. O resultado é um filme cômico, que trata do assunto sem apelações, mas sim usando-se de um humor refinado e inteligentíssimo, assim como quase toda a obra do roteirista/diretor/ator Allen. Talvez ele tenha conseguido falar desse assunto com naturalidade, já que ele próprio tem suas neuras sexuais (se envolveu até em alguns escândalos por conta disso).

Praticamente perfeita é a produção, com a direção competente, roteiro insanamente divertido e atuações com timing perfeito, em especial de Allen e de Lynn Redgrave, que interpreta a Rainha em um dos quadros. Outros atores que também fazem parte do filme estão em forma: Gene Wilder, John Carradine, Tony Randall e Burt Reynolds. É incrivel a capacidade do longa de falar abertamente sobre um assunto que quase ninguém fala por vergonha ou receio com a maior naturalidade, e ainda arrancar risos de todos.

Como não poderia deixar de ser, os méritos de tudo isso são de Woody. Se hoje em dia seus roteiros não são mais os mesmos, e seus filmes vem perdendo público, é só olhar para trás para que se descubra o tamanho da genialidade do diretor. Com certeza, um dos maiores comediantes vivos, mesmo que atualmente esteja em baixa (apesar das chances de "Match Point" no Oscar 2006). Espero, sinceramente, que um dia Woody Allen possa nos dar uma comédia tão boa quanto esta. Espero...


Uma nota?
9,5 / 10

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Um abraço a todos e até a semana que vem!

O Editor.




sexta-feira, janeiro 20, 2006

Cidade dos Anjos, de Brad Silberling (1998)

Buenas!

Como vão todos? Espero que muito bem!

Porque eu ando dando os meus pirilampos de alegria. Não sei porque, mas estou alegre até demais. Talvez porque esteja prevendo que os proximos 11 meses sejam de total desespero; ou talvez sejam 11 meses maravilhosos. Nunca se sabe... mas só por hoje prefiro acreditar na primeira hipótese.

Ando sem tempo para visitar todos os amigos que carinhosamente me visitam aqui neste blog; peço desculpas por isso. Assim que minha situação se regularizar, estarei de volta para comentar em vossos blogs. Seja isso bom ou ruim. (risos)

Portanto, comentarei um filme que eu vi pela primeira vez em 1999, e que até hoje me marcou profundamente. A todos, "Cidade dos Anjos". Dedicado a minha irmã Letícia que, apesar de nunca ler o que eu escrevo por não gostar de internet, dedico pelo seu aniversário de 30 anos no dia de hoje; e ela adora este filme. Este é o meu presente.


Cidade dos Anjos
(City of Angels, 1998)







Por isso gosto de filmes. Eles acabam marcando uma época na nossa vida, uma parte de nossa história pode ser vista a partir de algum título que a gente assistiu. Tem gente que se lembra com saudosismo a primeira vez que viu E.T. (de Steven Spielberg - 1982), como meus pais costumam dizer. E este filme que comento hoje, faz parte da vida de muitos pré-adolescentes do (agora tão) distante ano de 1998. Garanto.

Ao contrário do que muitos pensam, este filme não é original. É uma regravação do filme "Asas do Desejo", que o grande Win Wenders fez em 1987. Tudo se passa com Seth (Nicolas Cage), um anjo que tem a ocupação de acompanhar e confortar os recém-falecidos na Terra. E em uma de suas visitas, ele vê Maggie (Meg Ryan), uma médica que está operando uma pessoa que ele veio buscar. Quando perde o paciente, Maggie fica deprimida, pensando ser incompetente em seu ofício. E é ai que o anjo Seth tenta reconfortar a médica, e acaba se apaixonando por ela. Por causa disso, ele tem agora que escolher entre continuar sendo imortal e manter-se longe de seu amor ou tornar-se humano para viver esta história.

O filme é um daqueles dramas românticos que ninguém deu muita importância, por achar brega demais. Mas, com o tempo, o filme foi se tornando uma espécie de "cult", mais e mais pessoas passaram a gostar da temática, do estilão romance do filme e hoje existem até comunidades dedicadas ao filme com mais de 55.000 pessoas ligadas (para ser exato, a maior comunidade do filme no ORKUT tem 54.998 pessoas associadas). Prova da popularidade de um filme que fez um relativo sucesso na sua época de seu lançamento, mas hoje é quase uma unanimidade.

Do filme: Nicolas Cage, apesar de um pouco brega, está convincente na pele do anjo Seth, o apaixonado e indeciso. Ao passo que Meg Ryan está um tanto quanto bizonha (sinceridade aqui: nunca fui muito com ela...), mas também passa. E analisando pelo aspecto técnico, a direção de Brad Silberling é normal, nada de firulas. Mas a fotografia de John Seale é espetacular, principalmente na cena dos anjos espalhados pela cidade. E o roteiro? Meloso por completo, mas acho que foi isso que trouxe tantas pessoas a gostar deste filme. Não é um daqueles romances lotados de sexo, mas sim uma história simples e com o mais puro romance. Também: a história de um ser celestial que se apaixona por uma médica que não acredita em sua existência, e isso o faz pensar seriamente em largar a sua vida eterna para passar a sentir o amor e ser amado é um tipo de filme que você sabe o final mas gosta. O melhor daqui é que o final surpreende.

Claro, há erros, dos mais diversos. Desde roteiro a erros de continuidade. Mas, sinceramente, quem liga? O que importa num filme como este é o que sentimos, o que nós imaginamos. Nos colocamos na pele de Seth, acompanhamos seu sofrimento, acompanhamos Maggie em sua jornada até saber da verdade; que conheceu um anjo. E tudo auxiliado por uma trilha excelente indicada a dois Grammys e ao Globo de Ouro (destaco "Iris" do Goo Goo Dolls, hoje um clássico) que nos faz emocionar.

Também pudera. Com a história de um amor impossível como este, quem não gosta que atire o primeiro tomate.


Uma nota?
8,5 / 10


Pessoal, está chegando a hora e gostaria de lançar o desafio: tá quase no dia do anúncio dos indicados ao Oscar 2006, e gostaria de saber de vocês que me visitam aqui e me lêem pacientemente quais são as suas previsões para as indicações em geral: quem terá mais indicações, os favoritos, os azarões, os injustiçados... enfim, quais as expectativas. Espero que entrem nessa!

Um abraço a todos, e até!


O Editor, ouvindo "Se Restei Aspettanto Il Mio Amore Passar", de Jerry Adriani
(versão em italiano para "Se Fiquei Esperando Meu Amor Passar", do Legião Urbana - primeira vez que escuto o disco que Adriani fez com as músicas da Legião - e sabe que até gostei?!)

sexta-feira, janeiro 13, 2006

O Exorcismo de Emily Rose, de Scott Derrickson (2005)

Olá!
Tudo bem com todos? Espero que sim!

Bem, mais uma vez passando com certa pressa por aqui, visto que estou me mexendo para melhorar os rendimentos da recém formada nanomicropequena empresa de produções. E antes que eu me esquecesse, peguei a primeira oportunidade de entrar na net e escrever aqui.

Hoje, sobre um filme que dividiu opiniões. Muitos acharam bom; outros acharam ruim.
A minha opinião? Aqui está.




O Exorcismo de Emily Rose
(The exorcism of Emily Rose, 2005)





Na sessão que eu peguei deste filme, na última sexta feira, muita gente entrou confiante e saiu decepcionada. Deu para ouvir alguns " - Que merda de filme", ou então "- Achei que fosse um filme de terror". Mas também teve gente que achou o filme interessante, com uma boa mensagem e com um visual ótimo. Eu me encaixo justamente no meio termo entre essas duas façções de espectadores que sairam da sessão de "O Exorcismo de Emily Rose", filme dirigido e co-roteirizado por Scott Derrickson.
Para aqueles que não sabem a história, é o seguinte: o filme é baseado na história real de Emiy Rose (Jennifer Carpenter), uma jovem de 19 anos que morreu por conta de desgaste físico e mental por causa dos rituais de exorcismo comandados pelo padre Moore (Tom Wilkinson). Pelo menos, é isso que a promotoria quer provar. Para defender o padre, a arquidiocese contrata a experiente advogada agnóstica Erin Bruner (Laura Linney), que aceita o caso. Conforme o julgamento ocorre, flashbacks mostram a vida de Rose antes e durante seus espasmos provocados pelo provável espirito maligno que se apossou de seu corpo, até o fatídico exorcismo, que resultou em sua morte. E os jurados tem que decidir se houve negligência por parte do padre Moore, ou se a jovem morreu por conseqüencia das entidades malignas que se apossaram dela.
Tecnicamente, o filme é legal, tem uma fotografia excelente, e eu achei que é um outro estilo de suspense. Muitos viram o cartaz no cinema e pensaram se tratar de um filme sobre demônios, exorcismo de cabeças virando, como no maior e melhor exemplar de filmes do gênero, "O Exorcista" (1974, de William Friedkin). Todos estes se enganaram, e se você for ao cinema com essa expectativa, nem vá. Se você não gosta de filmes de tribunal, nem perca seu tempo. Definitivamente, não é para todos os gostos. A maioria do filme se passa no tribunal, sendo que as partes mais tensas ficam para os flashbacks na vida de Emily e nas desventuras passadas pela advogada interpretada por Laura Linney.
Aliás, o ponto maior do filme reside nas interpretações de Linney e Wilkinson, apesar de um pouco caricatas. Ela, a advogada agnóstica que passa a no mínimo desconfiar da existência de entidades malignas conforme adentra no processo. Ele, o padre que pode ser um homem injustiçado, preso sem nenhuma culpa, como pode também ter sido responsável direto pela agonia e desgraça da menina. Enquanto isso, a atriz que interpreta Emily Rose, chamada Jennifer Carpenter, tem uma atuação exemplar, sem grandes exageros. O que pode cansar o público é o roteiro a passo lento, um pouco cansativo,e contém alguns furos imperdoáveis na meia hora final. Mas para aqueles que curtem o gênero (como eu) o filme passa por legal.
A direção e o roteiro são cautelosos, tudo para seguir os aspectos legais corretamente. E por isso pode pecar um pouco, como nos erros que já subcitei no paragrafo anterior, e outros, que assim como o primeiro, não revelo pois pode tirar a graça de quem ainda se interessa em ver o filme. Mas existem coisas que são de lascar. Como por exemplo a talentosa atriz Shohreh Aghdashloo (para conferir o seu talento atualmente, assistam a série "24 horas" na Rede Globo), fazendo uma ponta no filme, mas que parece muito distante, longe, sem vontade. Seu personagem é interessante; mas a atuação deixa a desejar, assim como do médico que tenta ajudar o Padre Morre e a advogada dele a ganharem a causa, mas é impedido. Me soou falso.
Muitos podem achar o filme uma droga. Lixo direto, filme comercial, etc etc etc. Mas outros podem achar o filme médio, nem muito bom, nem muito ruim, e outros poucos acharam o filme bom. Eu, como disse na abertura deste texto, disse que fiquei no meio termo, e mantenho. O filme tem uma premissa legal, mas poderia ser melhor realizado. Quem sabe, com a ajuda divina uma refilmagem superior possa acontecer um dia.
Uma nota?
6 / 10
Um abraço para todos que entram e ainda tem paciência de ler meus textos; não sou crítico profissional e nem almejo sê-lo, mas faço aqui o meu melhor, colocando o meu ponto de vista para que os outros, ou seja, vocês que lêem concordem ou não. E é isso que faz a graça deste blog. O espaço aberto para todas as opiniões, sejam elogios ou críticas.
Um abraço,
O Editor.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Jogos Mortais II, de Darren Lynn Bousman (2005)

Olá!

Tudo bem com todos? Espero sinceramente que sim.

Bem, voltando das farras de fim de ano, muita festa, muitos fogos, muita comida, muita bebida, e no meu caso, muita confusão (tomei uma garrafada na cabeça - qualquer dia desses conto aqui o acontecido). Volto hoje, vendo a boa repercussão que o OmniCam 2005 teve, fico contente também pelo fato de que o principal objetivo foi alcançado: a interação entre os blogs. Fiquei surpreendido com o número de pessoas que passaram aqui e pediram informações de como participar neste ano, e a elas respondo: não é necessário inscrição. Somente comente neste blog durante o ano de 2006 e o seu espaço pode ser visitado pelos amigos da "Comissão" (agora com letra maiúscula), que julgará a sua entrada entre os indicados. Parabéns aos vencedores!
AH! Haverá sim um award troféu, que ainda está sendo feito; entregarei aos vencedores quando ficar pronto.

Bem, para voltar a ativa, nada melhor do que escrever sobre um filme recente. Estive no cinema 4 vezes somente neste fim de ano (King Kong, O Exorcismo de Emily Rose, Jogos Mortais II e A Passagem), sendo que hoje comento a sequencia do bem sucedido "Jogos Mortais"


Jogos Mortais II
(Jigsaw II)




Tá certo, tá certo. Muita gente me criticou aqui na cidade porque eu falei maravilhas deste filme. Mas, com muita razão, me pediram para rever e eu fui. E o resultado é isso que eu escrevo.
Como todo mundo que acompanha os meus textos desde o início (novembro de 2004) sabe, eu costumo ser exagerado no que escrevo. Quando gosto de um filme que vi, vou imediatamente a lan-house mais próxima, e digito tudo o que me impressionou. Mas, desde sempre, peço perdão pelos meus pecados, pois eu sou apenas um entusiasta do cinema, não sou crítico profissional. Por isso, muitos dos meus textos tiveram que ser reescritos, como aconteceu com "Star Wars III", "O Aviador", entre outros. E eu tinha um texto pronto para "Jogos Mortais II". Depois de ser aconselhado a rever, eu o refiz totalmente, com os pés no chão. Finalmente.

Este longa, escrito e dirigido por Darren Lynn Bousman (um estreante oriundo dos videoclips - prática que já virou moda) tem sim as suas qualidades, e à primeira vista pode parecer melhor que o primeiro. Mas se você parar para pensar vai ver que não é bem assim. A história conta como oito pessoas vão parar dentro de uma casa completamente fechada e cheia de armadilhas, criada pelo famoso "serial killer" Jigsaw (Tobin Bell), que se auto-intitula apenas um salvador de almas. Dentre essas oito pessoas, está o problemático filho de um detetive Eric Mason (Donnie Whalberg), que é chamado para o caso sem saber que seu filho está nas mãos do psicopata. Ao descobrir, ele encontra Jigsaw, que começa um jogo psicológico com o policial, enquanto os oito sequestrados tem que lutar juntos para sair da casa em três horas, prazo limite para que o veneno que está no ar da casa acabe com a vida de todos eles.

Eu, particularmente, achei a história bem promissora, um roteiro bom. Não aquela excelência, mas bom. E a julgar pela cena inicial, fortíssima e cruel (que me fez quase ter uma crise no meio da sala de cinema), o filme pareceria excelente. Pareceria. Assistindo novamente, vi que ele não é "aqueeela" coisa (como diz Letícia, minha irmã).
Nota-se de mais um caça-níqueis, com a pretensão de apenas gerar lucro em cima de um filme bem sucedido. Vemos isso a toda hora no cinema. A cada ano que passa, mais e mais os roteiros realmente originais se distanciam, e vemos seqüencias, refilmagens, etc. Aqui não é diferente. O primeiro filme sim, era original. Aqui é apenas para arrecadar dinheiro em cima da marca. Mas analisando o filme tecnicamente, não há muito o que comentar. Porque é bom. Aquele estilo "câmera nervosa" me deixa com uma sensação de pavor. As atuações são daquela forma: não convencem, mas não comprometem. O melhor deles ainda é Tobin Bell, no contido papel do maluco psicopata Jigsaw. A direção parece exagerada, e o roteiro um tanto quanto programado para ter muitas mortes bizarras, como a da primeira cena do filme.

Enfim, o filme não pode ser jogado fora assim, sem mais nem menos. É uma boa diversão para aqueles que gostam do gênero. Se não for este o seu caso, se você tem estômago fraco e curte histórias bem mais elaboradas e tem outras opções passando por aí, procure achar algo melhor.
,

Uma nota?
8,1/ 10


Hoje, quem está aqui do meu lado é o meu sobrinho João Lucas, que está mandando um oi pra todo mundo. (Oi!)

Agora, estou me despedindo. Até a próxima!

Editor.

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POSPOST! :
Hoje, primeiro sábado do mês (07/01), escrevi a minha parte no recém premiado projeto blog Escrevinhadores. O tema que escolhi foi "os sonhos". Apareçam por lá e comentem!!!

Para acessar o projeto, clique exatamente aqui!