Buenas!
Bem, estou aqui de novo novamente (?!), para a infelicidade de muitos, surpresa de outros e nenhum tipo de reação adversa por alguns.
Todos devem estar estranhando essa alegria com a qual eu estou digitando este texto agora, mas acontce que, inexplicavelmente, isso acontece comigo quando chega essas épocas de Natal. Tudo muito colorido, muito alegre, muito contagiante. Estou vivendo o que estou sentindo nas ruas, nas pessoas, na minha casa. É a única época do ano em que eu posso dizer que me sinto feliz por completo. =]
Antes de começar a minha resenha, gostaria que se possível, entrassem no blog Escrevinhadores, que essa semana tem o texto do indicado ao OmniCam, Felipe Policarpo. Eu acabo de ler e achei muito legal. Quem quiser, entra lá clicando exatamente aqui.
Bem, hoje vou escrever sobre um filme que vi esse fim de semana, graças a coleção do Samuel, que me emprestou mais de 15 filmes (thanks, rapaz!!). Dentre uns bem fraquinhos e outros quase geniais que eu vi, escolhi este para comentar.
Uma Lição de Amor (I Am Sam, 2001)
 Na minha opnião, poucos atores tem em si aquele "toque a mais", que tem a capacidade de criar personagens com tanta fidelidade, com tanto afinco, que acaba dando a impressão de o ator já não existe, o personagem tomou conta dele. Muitos, como DeNiro, Pacino, Nicholson, Peck, Gable e, mais recentemente, Edward Norton, tem essa capacidade. E, entre eles, há um que sempre chama a atenção de público e crítica. Sempre apresenta uma caracterização incrível, seja um personagem bom, seja um personagem mau. Não escondo de ninguém a minha admiração por Sean Penn, que quase sempre nos presenteia com uma atuação desconcertante, e neste filme não foi diferente. É uma pena que esse "Uma Lição de Amor" caia nos mais absolutos clichês de filmes do gênero. Para aqueles que não sabem, um pequeno resumo: Sam (Sean Penn) é um deficiente mental que tem uma filha, fruto de uma noite que passou junto a uma mulher, desesperada para conseguir lugar para morar. Lucy Diamond (Dakota Fanning) tem sete anos, justamente a idade mental de seu pai. É quando tentam lhe tirar a filha, alegando que ele não tem capacidade de criar a menina por conta de sua deficiência. Para ajudá-lo, procura a advogada Rita (Michelle Pheiffer), uma mulher que aparentemente é normal, mas os seus problemas pessoais a deixam em stress total. Ela pega o caso de Sam, que junto com seus amigos deficientes e sua vizinha estranha (Dianne West), tenta recuperar a guarda da filha, que foi adotada por uma mulher (Laura Dern), por intermédio de um promotor (Richard Schiff). Sam lutará nos tribunais com o apoio de seus amigos para reaver a sua filha. Sim, meus amigos. O filme poderia ser um excelente drama, com potencial imenso, se não fossem os desastrosos clichês, e a direção tristemente banal. Começemos do início: os clichês aparecem lá pelo meio do filme, e ficam até o final (esquisito, diga-se de passagem), e é o que acontece com a maioria dos filmes com deficientes mentais. Tudo para comover os espectadores. E a direção abusa um pouco dos cortes rápidos, das falas rápidas... o que não combinou com o aspecto do filme. Bom mesmo é a trilha sonora, com músicas dos Beatles, e várias referências a eles durante o filme (Sam é fã deles). Mas, para quem pensa que tudo isso que eu estou dizendo faz do filme um daqueles que não se deve pegar numa locadora, engana-se. O filme é salvo (não há palavra mais apropriada) pela magnífica, excelente, assustadoramente convincente atuação de Sean Penn, na pele (e na alma) de Sam Dawson, o pai deficiente. É tão intensa a transformação dele, que até mesmo aqueles que interpretam seus amigos no filme (dois deles são realmente deficientes) parecem soar falso. Dá a impressão de que ele sofre mesmo de deficiência mental. Seus trejeitos, seu olhar nulo, a maneira como anda, como corre, como se mexe, como fala. É do escambau; eu torci para ele, mais do que nunca, no Oscar 2002. Perdeu para Denzel Washington. Infelizmente, a brilhante atuação de Penn é ofuscada pelo roteiro furado, e por todos os outros problemas que eu já citei acima. Fora as outras atuações, fracas (menos Fanning - sempre a destestei, mas aqui ela dá um show, até porque não grita feito louca como no seu recente trabalho com Spielberg, "Guerra dos Mundos"). Só se pode lamentar o filme não ter sido melhor. Esse é um típico filme que eu costumo chamar de "filme da mãe", tendo em base a minha mãe, dona Luiza. Para ela, todos os filmes que fazem chorar são bons. E este é um daqueles que se enquadram nessa lista, até porque foi ela que me fez assistir, porque alguém disse pra ela que o filme era bom. E, apesar de todos os seus defeitos, o filme chega a ser razoável. Assistível, como ela diz. Mas, se você espera uma obra brilhante, procure outro filme. Brilhante mesmo só a atuação de Sean Penn. E quando for procurar outra grande obra, dê preferência a um outro filme de Penn. Porque ele é o máximo. . Uma nota? 6 / 10
. Pessoal, até breve! O Editor, ouvindo Perfeição, do Legião Urbana.
PS: para aqueles que ainda não sabem, e me perguntam porque sempre aparece Legião Urbana aqui, digo: sou fanático pela música da banda.
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